Quarto de Renesmee

Tudo estava quase perfeito e ela sentia-se como se estivesse no seu fantástico mundo novamente. Havia acabado de reencontrar Yuri e, digamos que, resolvido as pendências que tinham entre eles. Era aliviante saber que ele estava bem, e agora estava próximo e não iria mais embora. Renesmee decidiu ir para a residência dos Peverell em vez de ir para seu apartamento no condomínio. Talvez por que sentia que lá estava vazio demais, já que Lelouch estava viajando com alguns primos distantes de Renesmee. Ela sentia uma falta gigantesca do filho, e ficar naquela casa aumentava ainda mais o buraco em seu peito.
Ela chegou na residência dos Peverell, indo correndo para seu quarto. Destrancou a porta e entrou nele, fechando a porta novamente, sentindo uma paz imensa invadir seu peito. Foi até as janelas em passos lentos e escancarou as cortinas, abrindo as janelas e deixando que o perfume floral invadisse o quarto. Tímidos raios de sol lutavam para atravessar as nuvens no céu. Ela ficou recostada algum tempo no parapeito da janela, apenas admirando as montanhas e o bosque que estava distante. A híbrida sorria, não havia outra forma de demonstrar sua felicidade.
Depois de um tempo deixando que o vento bagunçasse seus cabelos escorada na janela, Renesmee foi para sua cama, tirou os tênis e os jogou de lado. Esticou a mão até o criado mudo que tinha ao lado da cama e pegou seu livro "Orgulho e Preconceito" de Jane Austen. Abriu na parte que tinha parado e começou a ler novamente. Era fascinante. Ela ficou focada no livro, entrando no mundo de Lizzie, uma de suas humanas heroínas.

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--- Lelouch Hei ---

¨¨Pain is just an excuse¨¨

"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras são muitas vezes utilizados como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. Orgulho se relaciona mais a nossa opinião de nós mesmos, a vaidade, o que teríamos que os outros pensam de nós." Estava a ler uma citação de Jane Austen, e deliciar-se com o sabor de vitória que a personagem do livro exalava, quando a porta do quarto foi aberta e um rostinho conhecido por Renesmee apareceu. O coração da híbrida acelerou no peito, pois era Lelouch que estava ali. Surpresa, ela deixou o marca páginas na página em que ela parou e fechou o livro, deixando-o de volta no criado-mudo. Os olhos da garota brilhavam ao ver aquela figurinha pequena aproximar-se e pular na cama, abraçando-a.
Renesmee passou os braços pela cintura do garoto e o trouxe para junto de si, apertando-o contra seu corpo.
- Saudade eu que o diga, amorzinho... Que surpresa! Achei que viria apenas na próxima semana. - a híbrida beijou o rosto do filho e deixou-o deitado por sobre ela, bagunçando ligeiramente os cabelos do pequeno. Ela sentia seu peito ser preenchido novamente. Lelouch era um pedacinho dela, a pessoa por quem Renesmee vivia desde o dia que o teve. Acariciou a bochecha do filho e sorriu bobamente. Ele era tudo para ela.
- Como foi a viagem? E como você tá, meu amorzinho? Senti tanto a sua falta que nem consegui ficar no nosso apartamento sem sentir o vazio da casa. - Ela perguntou a ele, mantendo uma mão acariciando o rosto do pequeno.

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--- Lelouch Hei ---

¨¨Pain is just an excuse¨¨

Ah, o sorriso e a inocência do olhar de seu filho, fazia Renesmee não conseguir tirar o sorriso bobo do rosto. Ele era tão lindo e tão carinhoso, tinha uma personalidade única e ela o amava tanto, que pensava que iria explodir de felicidade ao ter o filho ali, ao seu lado, abraçado a ela. A híbrida aguardou com expectativa a resposta do filho , que dizia ter se divertido muito com os primos e a viagem. Renesmee sabia que ele ela responsável, mesmo sendo tão pequeno.
Lelouch beijou a bochecha dela, que mordeu levemente a bochecha do garoto, demonstrando afeição e carinho. Ela franziu o cenho, fazendo uma breve careta.
- Como assim, marcaram de novo? E a permissão? Run! - Fingiu estar brava por pouco tempo, não conseguia fingir braveza vendo os olhos de seu filho. Mas não foi apenas sobre a viagem que ela atentou ao que ele disse. Lelouch também citara Yuri, seu pai. E nessa citação, ele dizia que queria vê-lo também. Ela sorriu novamente, apertando levemente o nariz do filho.
- Tenho excelentes notícias dele e acho que você vai vê-lo rapidinho. Posso tentar ligar para ele agora, mas antes, deixa eu aproveitar você só mais um pouquinho? - ela disse, fazendo bico e uma expressão de dó. Passou a mãos pelas costas do filho, acariciando-o lentamente ali e afundando o indicador nas costelas dele, fazendo cócegas. - Só um pouquinho... - Acrescentou, enchendo o menino de cócegas em todos os lugares, enquanto gargalhava junto a ele.

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--- Lelouch Hei ---

¨¨Pain is just an excuse¨¨

Renesmee manteve-se a fazer cócegas no garoto até que ele deu-se por vencido e os dois se jogaram na cama, cansados. Ela virou seu rosto para ele e acariciava-lhe os cabelos, fitando-o com afeição.
- Que bom estar com você aqui mamãe, você e meu pai, são as pessoas mais amadas da minha vida, sempre amarei vocês e mesmo que eu esteja em qualquer viagem, vocês sempre estarão comigo. - ele disse, arrancando um largo sorriso dos lábios da híbrida. Seus olhos marejaram. "Não poderia ter filho melhor." Pensou, não verbalizando esse pensamento, guardando apenas para si a felicidade de ter alguém como Lelouch em sua vida . Continuou a alisar os cabelos dele com a mão.
- Aaah, meu amorzinho! Não há nada mais confortante do que ouvir isso de você, pequeno. Eu te amo muito, tá bom? E quero sempre estar com você, em todos os momentos de sua vida. Assim como seu papai, pode ter certeza. - ela disse para ele, vendo-o ir até sua mochila e pegar um caderno, vasculhando as páginas até encontrar o que ele procurava. Renesmee franziu o cenho e sentou-se na cama escorada à cabeceira, não entendendo o que ele queria até que o pequeno híbrido a entregou o caderno, mostrando o que tinha ali.
Desenhado em um papel, estava ele, Yuri e Renesmee, em uma torre na cidade de Seattle. Ela não pôde deixar de sorrir e seus olhos marejaram, dando a ela o princípio de chorar. Lelouch então deixou o caderno de lado e deitou no colo da mãe, que por sua vez, acariciou o filho, beijando o topo de sua cabeça.
- Tive sorte de ter você, amorzinho. Muita sorte... Vou chamar seu pai, ouvi dizer que ele sente saudades. - Ela esticou o braço e pegou o celular sobre o criado-mudo, sem parar de fazer carinho em Lelouch. Ela procurou na agenda o número que Yuri havia entregado a ela mais cedo e discou. Esperou um instante até que começou a chamar, e uma voz rouca e firme falou do outro lado da linha.
- Yuri? ... Ness aqui.. Será que poderia passar aqui na casa da minha família. Juro que não se arrependerá.. Não, não é isso, alguém quer te ver. Ahan... seja rápido ou vou mata-lo de tanto amor... Okay, até daqui a pouco. - e desligou o telefone, colocando-o aonde tinha pegado e fitando Lelouch.
- Pronto, daqui a pouco ele está aqui.. está cansado amorzinho? - indagou ao garotinho, que estava deitado em seu colo, com um sorriso no rosto.

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--- Lelouch Hei ---

¨¨Pain is just an excuse¨¨

Renesmee ouvia atentamente o filho, enquanto via os olhos do pequeno híbrido brilhar e continuava a afagar os cabelos dele. Ela sorriu e revirou os olhos, enquanto Lelouch falava ela relembrava do reencontro com Yuri e do que o lobo disse sobre estar sentindo falta do filho. Os dois eram realmente muito parecidos, o que fazia Renesmee preocupar-se um pouco. Se Lelouch puxasse o pai em querer sumir e não dizer onde está, ela teria muitas dores de cabeça, não suportaria ficar sem o pequeno, que era parte de si.
- Sim, amorzinho, a conversa foi legal. E seu pai , ele sempre tem tempo pra você, mesmo que ele não saiba que é você que está aqui, acho que já desconfia. - Beijou a face de Lelouch e viu ele pegando a câmera, mostrando-lhe várias fotos e fazendo seus comentários sobre elas. Quando o menino havia crescido dessa forma? Desde sempre parecera muito maduro, mas agora parecia um rapazinho destemido e independente. Ela não mais queria perder os momentos do filho, queria estar presente em todos eles. Enquanto olhava as fotos, Renesmee dava gargalhadas das histórias que ele contava e ele havia escolhido uma foto favorita para por em seu quarto.
- Iremos coloca-la em um pôster e pregar em teu quarto, tá bom? E na próxima viagem, iremos juntos. Prometo não ser uma mãe chata e super-protetora. - ela disse a ele, sorrindo e abraçando-o pelos ombros, deixando-o com a cabeça apoiada em seu colo. Na verdade, a próxima viagem seria dos três juntos: Lelouch, Yuri e ela. Porém, ela não iria dar essa notícia para ele sozinha, esperaria que Yuri chegasse para que contassem juntos.
- Te amo, pequeno. - disse isso e beijou o topo da cabeça do garotinho, sentindo a melhor pessoa do mundo.

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